quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Turismo Rural de Lousada - as casas

LOUSADA – apresentação do concelho

Com uma população a rondar os 45 mil habitantes, na sua maioria jovens, distribuídos por cerca de 95 Km2, o Concelho de Lousada dista 35 km do Porto, a cujo distrito pertence, e reúne virtudes para uma estada agradável.
O Concelho de Lousada é dotado de uma assinalável riqueza a nível de recursos naturais, do património arquitectónico, da cultura e das tradições.
Já em séculos anteriores, Lousada demonstrou ser uma região de grande riqueza, e a prova disso são as grandes casas e quintas senhoriais que remontam aos séculos XVII e XVIII, a época áurea da aristocracia rural.
Mas Lousada é também um concelho rico em monumentos. Assim, destacam-se as Igrejas Românicas de Meinedo e Aveleda, a Igreja de Pias com o seu campanário e tabela de incêndios, as pontes de Vilela, de Espindo e da Veiga, a Torre dos Mouros em Vilar do Torno e Alentém, o aqueduto de Nevogilde, o Povoado pré-romano (com ocupação até ao séc. V d. C.) e o Pelourinho da Vila.
Aliada às festas e romarias que durante todo o ano proliferam pelas 25 freguesias e que têm o seu apogeu no último fim-de-semana de Julho, com as Festas do Concelho em Honra do Senhor dos Aflitos, podemos contar com as delícias da gastronomia local, a doçaria regional, o tão famoso vinho verde e uma grande diversidade de produtos artesanais que têm nos bordados a sua maior expressão. A tecelagem em linho, a cestaria, a latoaria e os trabalhos em madeira são outros exemplos do vasto leque de actividades que compõem o artesanato local.
E sendo Lousada um Concelho de afincadas tradições rurais, é legítimo que este Município se empenhe na preservação das artes e ofícios ligados à produção agro-pecuária e do artesanato, na rentabilidade destas actividades e na sua promoção e valorização como forma de desenvolvimento e dinamização rural.
Neste sentido, a autarquia tem trabalhado em colaboração com entidades privadas ligadas ao sector turístico, nomeadamente Casas de Turismo em Espaço Rural e restauração, no sentido de um maior impulso e de uma crescente qualidade das unidades existentes.
Deste esforço resultou já a criação da Rota Gourmet e Rota dos Petiscos.
A degustação dos vários produtos da região, nomeadamente vinhos, queijos, doces regionais, compotas, enchidos e o pão caseiro, proporcionam oportunidades inigualáveis de divulgação do turismo, dos usos e costumes e dos sabores da nossa terra, bem como de valorização das diversas potencialidades do Concelho e consequentemente da identidade cultural local.
CASA DE JUZAM
A Casa de Juzam é uma antiga casa senhorial restaurada para habitação com uma criteriosa e cuidada adaptação para alojamento de hóspedes e para acolhimento de eventos seleccionados. Um equipamento onde há um diálogo subtil entre os ambientes tradicionais e contemporâneos.Oferece ao visitante o cenário tranquilo, acolhedor e rústico, de ares absolutamente saudáveis - de um local que conserva as características agrícolas do Minho - apenas a 40 Km do Porto.Dispõe de 6 quartos duplos com banho privativo, sala de jantar, salas de estar e de jogos, magníficos jardins e piscina.
A Casa de Juzam é uma propriedade murada com cerca de 1,5 ha. localizada na encosta SE da Serra de Santiago.Para além das dependências destinadas ao alojamento dos hóspedes dispõe de várias salas e de estar e de jogos, zonas de lazer e amplo jardim com piscina, que se estende pelas zonas da horta, pomar e criação de animais.
Na vizinhança da Casa é possível efectuar passeios a pé ou de bicicleta desfrutando de uma paisagem rural envolvente com excelentes vistas sobre os vales dos rios Mesio e Sousa. Na freguesia, e no resto do concelho, são abundantes os locais de interesse etnográfico e os elementos de património arqueológico... onde se reencontra a história. Lousada é também rico em eventos culturais de que se destacam festas e romarias tradicionais e dispõem de equipamentos desportivos integrados em campeonatos de nível nacional e internacional como provas de Rallye e Karting, Tiro, Hipismo e Hóquei em Campo.
QUINTA DA TAPADA
Situada no verdejante Vale do Mesio, local de grande beleza paisagística onde o mundo rural predomina e a admiração pela natureza é mais expressiva, fica situada esta emblemática Quinta, do século XVIII. Nos seus 53 ha poderá ver pinheiros, cerejeiras, carvalho americano e outras árvores nobres.
RESTAURANTE QUINTA DE CEDOVEZAS
Situado na freguesia de Pias, este restaurante é o resultado da recuperação cuidada de uma antiga casa rural. Com uma decoração pensada para o bem-estar de quem o visita, não descurou as características rústicas locais, dando destaque à vida no campo. A qualidade dos seus pratos e do serviço prestado são bem visíveis, sendo de realçar, no primeiro caso, o bacalhau em crosta de broa ou o cabrito assado.
IGREJA DE SÃO LOURENÇO DE PIAS
Este edifício de estilo barroco, que foi iniciado em 1736 e concluído em 1739, evidencia uma arquitectura austera e muito formal, revelando até alguma vulgaridade construtiva. Apesar desta rigidez, a igreja implanta-se no espaço com equilíbrio e monumentalidade. A sua torre sineira, separada do corpo principal da igreja, é o elemento que quebra a monotonia do conjunto. Mas é internamente que se revela a real riqueza desta igreja. A sua magnífica talha barroca, de estilo joanino, os seus altares, a extraordinária qualidade da imaginária e os painéis de azulejos que cobrem a capela-mor, causam, efectivamente, um vivo efeito de deslumbramento.
Executado entre 1743 e 1744 pelo conceituado entalhador portuense Manuel da Costa de Andrade, o altar-mor é uma obra de qualidade superior, nada ficando atrás do que melhor então se fazia nos grandes centros políticos e culturais do país. O trabalho deste altar só veio a ficar concluído em 1753 quando se procedeu ao douramento da sua talha. Os altares laterais, da mesma época do principal, são também de excelente qualidade e terão sido executados, provavelmente, por um mestre da escola de Manuel da Costa de Andrade.
Soberba é, igualmente, a imaginária que recheia os altares. Desde logo, as imagens de São Bento e Santa Escolástica, colocadas lado a lado no altar-mor, cumprindo uma linguagem estética ainda do século XVII. Já de acordo com a gramática e o gosto do século XVIII encontramos as notabilíssimas imagens das Santas Mães e de Nossa Senhora, nos altares colaterais. Ambas evidenciam um movimento e um ritmo só ao alcance de artistas maiores. Destaque-se, ainda, o belíssimo São Roque e os anjos tocheiros em tamanho natural que ladeiam a mesa do altar.
SANTA ÁGUEDA E S. CRISTÓVÃO

Do património edificado fazem parte as capelas de Sta Águeda e de São Cristovão, com uma fonte datada de 1642 a que o povo atribui virtudes milagrosas.

A Capela de S. Cristóvão, fica situada no sopé da serra de Campelos, na freguesia de Sousela, concelho de Lousada, junto à nascente do Rio Mesio, que por sua vez dá nome ao Vale onde está situada (O Vale do Mesio).
Entre duas montanhas, como sendo: o Monte de S. Cristóvão, e a Serra de Campelos; a última das quais é uma das maiores serras do concelho e arredores de Lousada.
Junto à Capela de S. Cristóvão, e dentro do mesmo adro, existe uma outra capela, dimensões mais pequenas em honra de S. Águeda.
O ambiente que rodeia este lugar, é bastante acolhedor, permitindo assim, aos romeiros que aqui se deslocam, possam conviver de forma sadia, apreciando assim a natureza e a paz que envolve este local.
Muito perto da Capela de S. Cristóvão, nasce e corre o rio Mesio, que vai em direcção ao Sul, desaguar ao rio Sousa, que tem a sua Foz no rio Douro.

(Ditos, lendas e narrativas)
Tendo os Romanos invadido, a Península Ibero-Lusitana, mantiveram-se nesta região, por muitos anos, deixando vincada, como é óbvio, a sua passagem, ora como a serra de Campelos é o ponto mais alto do concelho de Lousada e arredores, era por isso mesmo, para os Romanos, um ponto de referência e de estratégia, para os meios de comunicação usados na época, a fim de poderem transmitir, sinais como sejam os de fumo e de fogo (tochas a arder). Aliás no tempo que decorre, esta serra ainda continua a ser ponto de referência e de estratégia, visto que no seu ponto mais alto, existe um posto de vigia.
Diz a lenda, que a Santa Águeda, por ser perseguida, quando jovem, pelos romanos, se refugiou nesta região, ao abrigo de algum familiar ou amigo.
Depois da sua morte, e porque foi exemplo vivo de santidade, o povo mandou construir, no ponto mais alto da serra de Campelos, uma pequena ermida em sua honra, para que dali a Santa velasse melhor pela vida dos habitantes deste vale.
Mas, entretanto - segundo a lenda - Santa Águeda não gostou do local escolhido por ser muito ermo e distante do povoado, e vinha então cá para baixo, junto ao rio chorar e pedir que lhe fizessem uma capela, mais perto do povoado.
O povo devoto, acabou por fazer-lhe a vontade, construindo uma nova capela aqui junto ao rio, mas desta vez deram-lhe por companhia S. Cristóvão, construindo uma capelinha dentro deste mesmo recinto.
Como Santa Águeda é advogada das mães sem leite, que aflitas lhe rogavam para que não lhes faltasse o leite, para amamentarem os filhos.
Por sua vez, S. Cristóvão é advogado do fastio, ouvia as preces dos pais que lhe rogavam saúde, para terem o pão que sustentava toda a família.
Há cerca de 25 anos, na Ermida, existiam vestígios no próprio local, que testemunhavam a existência, da mesma, tais como: as ombreiras das portas e a Pia Baptismal. Este facto é testemunhado ainda pelo povo da terra.
Todos estes ditos, lendas e narrativas, fazem parte da sabedoria popular, por isso a história e a lenda, estão sempre ligadas à cultura do povo e como tal devem ser sempre respeitadas.
QUINTA DE LOUROSA
A Quinta de Lourosa é uma propriedade familiar integrada na Rota dos Vinhos Verdes. Situada na freguesia de Sousela, Lousada, longe da azáfama citadina, é um local agradável para uns dias de descanso, onde poderá passear, conhecendo melhor a região e saboreando a gastronomia, bem como os vinhos da Quinta. Os 30Ha de Lourosa convidam-no a uma visita guiada às vinhas, adega e Turismo Rural, onde poderá provar e comprar vinhos e outros produtos da Quinta.

Outros:
Rota do Românico do Vale do Sousa
Animação – falar das festas e do Festival Tradicional
Teatro Jangada
Conservatório de Música do Vale do Sousa

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

As Sensaçoes de Júpiter

Entretanto acordei…



Começa o dia. Em pleno chilrar dos pássaros
Voam cores, aparecem até sombras mudas...
Vem o verme juízo, o que vem dos ácaros.
A mente que finge com armaduras
Que desdenham jornais em forma de puras
Para um corredor de salas e de armários
Que só eu não consigo explica-los,
São preces, são destinos, são vaidades,
São até desatinos de quem somos otários
Ou ate de quem não se encontra e quer encontra-los.
Apenas, são poemas que pela manha nos acordam,
São sentimentos que nos transtornam
Todas estas verdades.
Pura tristeza de pensar
Querer e não tentar.









Sento-me, eu.



Sento-me aqui, sentindo tudo.
Esta angustia, este verme dia
Transladado, aquecido, mudo.
Acordei simples como todos feriados
E pensei que nada fosse tudo, todavia
O pleno silencio da rangedora cadeira,
Fez-me ambíguo de sentidos calados.
Porque raio sou eu e não sou nada
Do que se sonha afinal na eira?
Da alma abafada, com consciência meia?
A dois palmos da terra a dois dentes da fama…
Foi cegueira imposta sobre o trilho futuro,
Incerto na cura de estar sentado.
Não vejo nada face a tudo.
Não tenho nada se estiver calado.








Imagina-te…



Ali estava eu. Mais um!
Expectante, e ofuscado
Por ainda aquela vida. Além…
Uma vida de alguém, um rebuçado.
Agora sabor sem som, sabor sem tom…
Um nostálgico sentido que veio,
Saudoso vestido que te fica bem,
Alem!! Quem vem?
Que não venha,
Essa tal não sabe a senha…
Céu de abóbora que me tapa o sol,
Por verdes que sou tenro, que sou mole,
Sou Torga, e sou Pessoa, e sou Aviz,
Haveis quebrado o sonho que eu fiz…
Quem me dera ser feliz…









Afinal…



Se esta angustia que me carrega
Eu a pudesse largar um dia
Soltava a fera… Era de acalmia…
O meu ser, que me encontro, me escorrega.
E este mar, esta guerra?
Esta fome, esta merda!!!
Sou Deus e não sou ninguém?
Lâmina de vidro que me encandeias,
Caminho meu, o que me dais?
-“Sê-de puro, tê-de orelhas”.
Roubais tudo, e tudo tirais…
Manto de intriga, que paixão divina
Por maldade sois tudo. Uma espada.
Blindados de veludo!?
Não sois nada.









Que pensamento…



Um castelo ao fundo,
Pelo menos perecia
Pelo formato das árvores.
Dali via o mundo,
Toda aquela arquitectura
Semeada sem entraves.
Soprava o vento e eu aqui!
Um vasto tempo eu lembrava…
Olha, já me entristeci.
E levou-me o vento uma folha
Feita nela um S. Cristóvão,
-Carregas o mundo: diz Ele.
Consigo eu, dentro desta pele
Suportar o céu e este mar
Que sinto, deixei de amar?
Oh. Incerto neste sentir…
Voltei os olhos, quis partir.







Pautado



Porque uma melodia é diferente,
E nesse silêncio tudo é imenso,
Tudo bate, tudo esmorece e sente.
O corpo aquece. E paira no ventre uma dor,
Arde o incenso e o consenso da alma.
Leio as veias da pinha palma,
Nela canto. Nela penso o consenso
De estar sentado em silêncio…
Ali, aqui sim. Está quente,
Quentinho, quando me lembro de ti.
Oh paz de alma abafada,
Dá-me garra e dá-me força
Que não seja remorsa ou uma barra.
Que seja pura a almofada,
Onde me deito e descanso
Nesta melodia que eu balanço.







Ambíguo Ermo

Consciência que me apaga a lembrança
Pavio acesso que me torna em criança
Eu trago luz, muito pouca luz
Neste quarto escuro que não me produz

Tenho saudade que me dá a liberdade
Com um acorde eu incuto a verdade
Eu trago pão, muito pouco pão
Pois quando acaba o som tudo foi em vão.

Pego na arma e pressiono o gatilho
Mato meio milhão com balas feitas de milho
E eu trago vinho, muito pouco vinho
Neste, cálice fino! Eu já fui menino.

Estou num cesto entre duas árvores
só tenho o nylon e a pele dos meus dedos
E eu tenho um dão, eu sei que tenho dom.
Mas estou encurralado pelos teus segredos

Tiro a camisa, os calções ou os sapatos
E fico gente, preexistente aos teus boatos
Não tenho cruz, eu não tenho cruz
Com o que semeias serás sempre um avestruz

Tens de ser louco para saberes os teus limites
Tens que ouvir, sentir, olhar sem que me imites
Tu queres o feio, o mau e o vilão
Tu queres o meio e as migalhas do teu próprio pão.

Não chores o tempo sem que tenhas nada em troca
Imita a chuva que só cai quando há fartura
Tu és o Joca, o Miguel e o Ventura
Tu és a roca, o pastel e a goiva dura.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

História e Património

ORDEM DE MALTA:

A Ordem de Malta surgiu na Idade Média, sedeada em Jerusalém, como ordem militar e religiosa católica. Tinha então o nome de Ordem de São João de Jerusalém. Sua finalidade militar era a defesa da Terra Santa. Tinha também a finalidade de manter hospitais para atendimento aos peregrinos que a visitavam.
Em 1312 a ordem obteve a posse da Ilha de Rhodes. Seu superior era o soberano da ilha, que constituía um estado independente, com exército e marinha. Isso durou até 1523, quando a ilha foi perdida para o sultão turco. Mais tarde, a Ordem veio a dominar a ilha de Malta, perdida para os franceses em 1798.
Hoje tem sede em Roma. Não tem território, mas tem soberania e goza de representação diplomática. Hoje não é mais considerada pelo Vaticano como ordem religiosa, mas como Estado (embora desprovido de território). A ordem emite passaportes que são reconhecidos por alguns países, e tem selos próprios.